Pages

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

ADAPTAÇÕES LITERÁRIAS EM 2018.


Olá queridos, tudo bem com vocês? Hoje vim expor minhas opiniões sobre algumas adaptações literárias que pude assistir neste ano. Para deixar claro, sei como funciona o processo de adaptação em relação ao cinema e óbvio que nunca ficaria igual. Porém, existem ótimos resultados como Vidas Amargas (1955); Orgulho e Preconceito (2005); Garota Exemplar (2014); O Jogo da Imitação (2014); As Pontes de Madison (1995); O Quarto de Jack (2015); Big Little Lies (2017) e muitos outros, que nos mostram que dá sim para termos boas adaptações. Então bora saber mais: 

COM AMOR, SIMON.

Foi uma adaptação que eu gostei. Adorei a forma como desenvolveram os personagens do livro, em especial Leah e Simon. A questão LGBTQ+ foi muito bem explorada e colocada, principalmente ao se tratar de uma adaptação literária e um filme classificado como infantojuvenil, mas que muitos adultos também assistiram e em alguns casos acompanhados por seus filhos leitores. O Nick Robinson foi um ótimo Simon, acabei me encantando mais com ele no filme do que no livro. A sua relação com os pais deixou um quentinho no meu coração. O diretor conseguiu encontrar o ponto certo, principalmente com a montagem e a trilha sonora. Eu realmente gostei e considero uma das melhores adaptações do ano, mesmo com as mudanças e diferenças do livro. 

CRÍTICA QUE RECOMENDO: MEUS 2 CENTAVOS 

O ÓDIO QUE VOCÊ SEMEIA.

O filme estreou em pouquíssimas salas de cinema o que causa inacessibilidade e decepção ao público que contava os dias para sua chegada. Espero muito que a situação se inverta e ele possa ser visto e apreciado por muitas pessoas. Tecnicamente o filme é muito bom. É claro que apresenta suas falhas (como no roteiro), mas não causa mudanças tão drásticas na narrativa. Adorei a forma como a história foi transpassada para a telona, sempre preservando fatos e sutilizas do livro, o que deixa qualquer leitor e fã de THUG super feliz. E não poderia agradecer e me expressar tão bem quanto a atuação de Amandla Stenberg. Ela deu vida e cor a Starr Carter. Foi a escolha certeira. O elenco como um todo, é um grande presente.

Com um discurso político forte, o filme aborda questões étnico-raciais com consciência. A morte de Khalil e suas consequências (para todos) são muito bem direcionadas, expostas e críticas de maneira certa. Também é uma verdadeira aula sobre o mito da democracia racial. Os paralelos com as falas do pai de Starr e os preceitos dos Panteras Negras são pontos que me incomodaram um pouquinho pelo tom conversador presente nos diálogos, o que me pareceu se distanciar de momentos como um monólogo feito por Starr em uma cena de arrepiar. A trilha sonora faz total diferença, elevando ainda mais a mensagem trazida e perpetuada. Já adianto: os sentimentos serão diversos, principalmente nos minutos finais. Extremamente necessário e uma das melhores adaptações já realizadas, O Ódio que você semeia mostra-se uma voz potente, inteligente e esperançosa, levando-se em conta o cenário político e social mundial. A luta sempre irá continuar.

CRÍTICA QUE RECOMENDO: PLANO CRÍTICO 

CAIXA DE PÁSSAROS.

Eu amo demais o livro Caixa de Pássaros. Inclusive, tem resenha dele aqui no blog. Mas o filme... é bom. Porém, como adaptação não funcionou. Ele é tecnicamente bem feito e nos apresenta cenas de cair o queixo, como no acidente de Jess e nas cenas em que vemos Malorie e as crianças no presente. O suspense por querer saber mais e a aflição de saber que estão com os olhos vendados e fragilizados com tudo torna a experiência como expectador muito empolgante. Quem já conhece o livro e assiste a tais cenas, é gratificante. Além disso, as cenas de violência foram cruas e achei bacana da parte deles em se propor a realiza-las. Mas o filme peca em tantas outras coisas que estes mimos se tornam uma espécie de prêmio de consolação.

Colocaram personagens que não existem no livro. Até ai tudo bem. Entretanto, nenhum teve um desenvolvimento que enriquecesse a trama, além de não utilizarem dois personagens fundamentais para o desenvolver de tudo que são Don e o Gary. O último até aparece, mas foi jogado de forma aleatória para dar prosseguimento nos acontecimentos do clímax e a cena mais importante (partos de Olympia e Malorie) perdeu seu encanto e oportunidade de fazer a diferença em um filme que tinha tudo para ser ousado e uma ótima adaptação. Fora que optaram por deixar o Tom vivo para criar uma relação entre eles e vender o casal. Quem leu a obra sabe que a morte dele foi um dos catalizadores para a Malorie desenvolver a vontade de fugir e encontrar algo melhor para as crianças, além deste período de crescimento das crianças até chegarem ao refúgio. A solidão foi a única amiga e companheira da personagem, moldando sua personalidade do presente e assim a forçando sair de sua atual zona de conforto de procurar salvar a vida de seus filhos. Gostei como filme para entreter mas me decepcionei como leitora e apaixonada pela obra adaptada.

CRÍTICAS E OBSERVAÇÕES QUE RECOMENDO: BEL RODRIGUES | PAM GONÇALVES | ELEGANTE



ANIQUILAÇÃO.

Eu li o primeiro livro de Aniquilação e fiquei bem animada com a adaptação, principalmente por ter Natalie Portman como protagonista e a direção de Alex Garland, responsável pelo ótimo Ex Machina. Primeiro que fiquei chateada por ter ido para a Netflix, pois este é um filme que gostaria de ter sentido a experiência cinematográfica. Mas, não posso negar que o conforto de minha casa não foi ruim. Gostei muito do visual do filme. Tecnicamente ele é incrível. O roteiro em conjunto com a parte artística foi o casamento perfeito. Mas os personagens sofreram do mesmo mal que Caixa de Pássaros, já que foram mal aproveitados e tudo foi colocado nas costas da protagonista. Isso me chateou demais. Por trabalhar um horror a lá HP Lovecraft e ser uma adaptação de ficção cientifica, o filme entregou muito pouco, mesmo tendo nos mostrado que tinha um grande potencial.

SOBRE O LIVRO: MIKANNN
SOBRE O FILME: ALINE T.K.M.

A SOCIEDADE LITERÁRIA E AS TORTAS DE CASCA DE BATATA.

Este filme foi uma comédia romântica e histórica maravilhosa. Eu o amei tanto. O livro que me cativou mas foi a adaptação  que conseguiu conquistar meu amor. Queria deixar registrado a minha admiração pela ótima atuação da Lily James que faz uma escritora de sucesso que durante a Guerra decide conhecer a misteriosa sociedade literária presente na ilha de Guernsey, depois de receber a cartinha de um de seus membros. A partir de então, a história nos apresenta uma série de acontecimentos bem construídos e desenvolvido. Mal percebi que os créditos finais chegaram para anunciar o fim do filme, que nos arranca lágrimas e deixa aquele quentinho no coração. Um filme que você pode assistir como adaptação ou filme para se emocionar e tirar lições preciosas. Se você não souber sobre ele, não tem problema. A surpresa pelas descobertas ao longo de seus 124 minutos são especiais e farão a sua experiência ser mais enriquecedora. Recomendo demais!

CRÍTICA BEM CONSTRUTIVA: VALKIRIAS. 


OBJETOS CORTANTES.

Para mim está é a melhor adaptação do ano. Que delícia foi acompanhar cada episodio desta série. Foi tudo muito bem feito e construído. Primeiro que Amy Adams foi uma Camille Preaker maravilhosa e não poderia ter atriz melhor para interpretá-la. Segundo que as introduções dos capítulos, os flashbacks e toda a montagem que se segue deu a série uma originalidade e, tecnicamente falando, enobrecimento que a fazem chegar próximo da perfeição absoluta. A única coisa que me incomodou foi o final sem uma aparente explicação. O público de casa e leigo quanto ao livro de Gillian Flynn pode ter tido dificuldades de compreendê-lo, além da frustração daquilo que não conseguiu deduzir por conta do término repentino. Mas, isto não tira o brilho que está obra nos brindou. Se você não leu o livro ou não assistiu a série, faça os dois. Juro que não irá se arrepender. 

CRÍTICA: CAROL MOREIRA.

Espero que tenham gostado da postagem. Você assistiu algum destes filmes acima? Gostou? Quero muito saber sua opinião. Super beijos de luz. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário