[RESENHA DUPLA] Como agarrar uma herdeira & Como se casar com um marquês.
novembro 06, 2017Olá galera, tudo bem? Hoje
vou fazer algo novo: uma resenha dupla. Esta semana li os mais novos livros da
escritora Julia Quinn, Como agarrar uma herdeira e Como se casar com um
Marquês. Eu estava extremamente ansiosa por estes livros, já que minha saudade da fabulosa escrita de Julia Quinn era imensa. Preciso já
começar dizendo que os livros não tem ligação com a família Bridgertons ou os
livros do Quarteto Smythe-Smith, apesar de certa personagem incrível que
aparece em ambos ter presença constante e marcante nesta duologia. Mas vamos as
resenhas:
RESENHA 1: COMO AGARRAR UMA HERDEIRA
SINOPSE:
Quando Caroline Trent é sequestrada por engano por Blake Ravenscroft, não faz o
menor esforço para se libertar das garras do agente perigosamente sedutor.
Afinal, está mesmo querendo escapar do casamento forçado com um homem que só se
interessa pela fortuna que ela herdou.Blake a confundiu com a famosa espiã
espanhola Carlotta De Leon, e Caroline não vai se preocupar em esclarecer nada
até completar 21 anos, dali a seis semanas, quando passará a controlar a
própria herança milionária. Enquanto isso é muito mais conveniente ficar
escondida ao lado desse sequestrador misterioso.A missão de Blake era levar
“Carlotta” à justiça, e não se apaixonar por ela. Depois de anos de intriga e
espionagem a serviço da Coroa, o coração dele ficou frio e insensível, mas essa
prisioneira se prova uma verdadeira tentação, que o desarma completamente.
Neste primeiro livro temos a
historia da protagonista Caroline. Ela perdeu os pais quando criança e seu
dinheiro se mantém sobre o cuidado de tutores que conheceu ao longo de sua vida.
O seu último tutor, Oliver Prewitt, está envolvido com diversas falcatruas e
estava arquitetando planos maléficos para adquirir os bens de Caroline, que
ainda não atingiu a idade mínima (21 anos) para tê-los. Ele exigiu que seu filho Percy
engravidasse Caroline à força (muito repugnante) para ela ficar à sua mercê. Mas, após
tantos anos passando por situações humilhantes, a protagonista conseguiu se
transformar em uma moça forte e independente. Porém, quando estava fugindo desta
vida, é sequestrada por Blake, que pensa que ela é a famosa espiã Carlotta, a quem tanto procura.
Blake é o mocinho que você
terá certa impaciência por ser teimoso e até um pouco ranzinza, já que ainda não
conseguiu cicatrizar as feridas de seu passado. Mas somente com um toque a lá
Julia Quinn para conseguirmos seguir viagem na leitura e cada vez mais
descobrirmos sobre este personagem que tem muito a nos dizer, já que seus
defeitos e qualidades o fazem ser um personagem muito bem construído. Enquanto mantém Caroline aprisionada, Blake começa a nutrir sentimentos pela moça. A demonstração destes sentimentos (compartilhados pelos dois) leva o livro a se arrastar durante algum tempo. No começo você acha divertido, mas começa a ser algo cansativo e repetitivo. Não vou negar que em algumas partes tive vontade de pular. Mas persisti.
No decorrer do relacionamento, podemos ver que enquanto Caroline parece ser mais racional, Blake já começa a se entregar, pois a atração que sente pela pequena confusão que sequestrou é imensa, mesmo quando ela lembra-lhe de seus fantasmas do passado. Entretanto, como já dito, os dois são cabeças-duras e não largam o osso. Em várias ocasiões me peguei falando “Putz! Alguém pode ceder pelo menos um pouco”. Felizmente, a presença dos personagens secundários quebra esta competição de quem é mais implicante. Lembrou-me muito o casal Sarah e Hugh dos livros do Quarteto (só que uma versão mais hard). Você cria uma forte empatia por eles, mesmo com toda esta novela mexicana e quando se dá conta já quer protegê-los de todo o mal.
“-Não quero me aproveitar de você - disse ele com gentileza -, e no meu atual estado físico e mental não sou confiável para isso. Caroline sentiu vontade de gritar que não se importava, mas segurou a língua. Eles haviam atingido um equilíbrio delicado, e ela não queria fazer nada que estragasse isso. Sentia algo quando estava perto daquele homem - uma sensação cálida, boa e generosa, e se perdesse isso, sabia que nunca se perdoaria. Já fazia muito tempo desde que experimentara qualquer sensação de pertencimento e, que Deus a ajudasse, pertencia aos braços dele. Blake apenas não se dera conta disso.”
O nome da duologia é AGENTES DA COROA. Blake trabalha no Departamento de Guerra da Inglaterra investigando fraudadores da Coroa britânica, assim como seu amigo James Sidwell, no qual somos apresentados. Ambos estão atrás de Carlotta, que faz parte de uma equipe de ladrões que conseguem fortunas roubando a Coroa e pessoas que conseguem ser manipulados ou extorquidos por eles, juntamente com Oliver, o horrível tutor de Caroline. A cenas finais sobre este arco da narrativa é uma das melhores partes do livro.
Os personagens secundários
vistos aqui são muito legais. James, o amigo de Blake, é um
amor de personagem. Logo, ligamos que o próximo livro será sobre ele. Sua
amizade com Blake e sua desenvoltura com Caroline, deixam o livro mais
dinâmico e nos trás excelentes momentos e diálogos. A irmã de Blake, Penélope, é
uma personagem rasa, mas quando entra em cena nos faz desejar um livro dela. A Sra. Mickle e o
mordomo Perriwick fazem ótimas participações.
Com toda a certeza é um
livro que você irá adorar. Eu me apeguei aos personagens a partir do momento em
que pude conhecê-los mais. Caroline é uma protagonista maravilhosa, assim como
todas as outras escritas por Julia Quinn. Senti muitos traços da personalidade
da Lizzie Bennet de Orgulho e Preconceito, o que deixou a minha ligação com a personagem ainda maior. Ah! A nossa Carol (olha a
intimidade) coleciona significados de palavras. As páginas finais me fizeram chorar pelo significado que elas
trouxeram na caminhada do casal protagonista. Realmente vale muito a pena ler. Mais um selo de aprovação. Ah, uma curiosidade: ano que vem faz
20 anos do lançamento deste livro. Foi um dos primeiros escritos por Julia
Quinn.
RESENHA 2: COMO SE CASAR COM UM MARQUÊS.
SINOPSE: Ela
estava tentando seguir as regras...
Quando Elizabeth Hotchkiss
depara com um livro intitulado Como se Casar com um Marquês na biblioteca da
casa de sua patroa, ela acha que aquilo só pode ser uma brincadeira de mau
gosto. Com três irmãos mais novos para sustentar, Elizabeth sabe que terá de se
casar por conveniência, e não por amor, mas quem mais poderia saber disso? Bem
um manual de regras de sedução pode ser justamente o que ela está precisando...
De qualquer forma, que mal pode haver em dar apenas uma folheada...?
...Mas ele tem as suas
próprias!
James Sidwell, o marquês de
Riverdale, foi requisitado por sua tia para tentar salvá-la de uma chantagem;
uma incumbência que requer que ele se faça passar por um recém-contratado
administrador da propriedade da condessa. As suspeitas e James logo recaem
sobre Elizabeth, a dama de companhia da tia. Intrigado pela beleza da jovem e
com o interesse dela naquele estranho livro, ele galantemente se oferece para
ajudá-la a encontrar um marido... Praticando seus estratagemas de sedução com
ele. Mas quando ela começa a se aperfeiçoar demais, James decide que só há uma
regra que vale a pena seguir: que Elizabeth, finalmente, se case com seu
marquês!
No segundo livro temos como
protagonista a Elizabeth, ou Lizzie para os íntimos. Ela precisa cuidar de seus irmãos mais novos e para isto
precisa se casar com um marquês (especificamente) já que este detém um poder
aquisitivo grande que poderá pagar a escola de Elton, importante na criação de meninos, para seu irmão, além de arcar com as despesas de suas irmãs nas
épocas de temporadas e dotes. Ela trabalha como dama de companhia da Lady Danbury, aquela simpática senhora de Os Bridgertons. Este é um dos planos de fundo para este livro. É incrível o quanto nos afeiçoamos a Lizzie desde as primeiras páginas.
Certo dia, quando estava organizando a biblioteca de Lady Danbery, acidentalmente encontra um livro com uma capa vermelha chamado "Como se casar com um marquês". A sua curiosidade é engraçada, mas o terror ao se imaginar lendo este livro é tocante. Imagine você, naquela época lendo tal livro? É quase um ato de puro desespero. Ao pegar o livro (escondida e muito relutante) leva-o para casa e com a ajuda de sua irmã Susan, começa a bolar estratégias para conquistar um marido.
Duas coisas que ficam
claras: o amor e o companheirismo de Lizzie com seus irmãos, em especial Susan
que tem um amadurecimento precoce, é realmente lindo. Todos estão passando uma situação
degradante de vida por conta do abandono e da falta de condições financeiras, mas se mantém unidos. Pode parecer que Lizzie seja
apenas uma interesseira, mas Julia Quinn desenvolve com com destereza estes problemas sociais de tal época e assim nos faz compreender o tamanho do desespero
de Lizzie em conseguir dar uma vida melhor a seus irmãos. O momento de estopim ocorre com a falta de comida para os pequenos. É uma cena triste. Você consegue se
colocar na pele da personagem e assim compadecer e permanecer ao se lado,
apoiando e torcendo pelo seu melhor.
Do outro lado da trama temos o James (do livro Como Agarrar uma Herdeira). Aqui ele retorna
para cuidar da investigação das ameaças recebidas pela sua tia, Lady Danbury.
Fingindo ser um investidor, ele passa a frequentar a casa de sua tia na
esperança de desvendar tais ameaças e prender o estelionatário. Mas ao seu
deparar com Lizzie, ele começa a suspeitar dela, que o vê como um alvo para
treinar os decretos estabelecidos pelo livro. Ou seja, confusão na certa.
Existe um
desenvolvimento maior dos personagens. Eu o achei muito melhor no quesito
relacionamento do que o primeiro. Lizzie e James são engraçados e a química
entre eles é mais palpável. Fora que os momentos com os irmãos de Lizzie e com
Lady Danbury são hilários, deixando a leitura imensamente encantadora.
Os dois livros são leves,
mesmo tratando de temas sérios como abuso, violência e abandono. Você dará
ótimas risadas e com toda a certeza terá agradáveis leituras. A única coisa que
peço é para não fazer comparações com os outros livros da Julia, já que são
completamente diferentes. Estes dois, assim como outra duologia dela que
recomendo (As Irmãs Lyndon), sãos suas primeiras publicações.
É claro que percebemos uma mudança e amadurecimento de sua escrita em Os
Bridgertons. Vale a pena ler todos os seus livros, pois cada um deles lhe trará
surpresas muito boas. Vale a pena ressaltar as excelentes capas e a ótima diagramação das obras.
SOBRE A AUTORA: Julia Quinn começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingiram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 milhões da série Os Bridgertons. É formada pelas universidades Harvard e Radcliffe. Seus livros já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times e foram traduzidos para 26 idiomas. Foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of America’s Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacífico.
NOTA GERAL:
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