[INDICAÇÕES DA MARIE] CLÁSSICOS NOS QUADRINHOS.
janeiro 06, 2019Olá queridos, tudo bem? Sei que muitos de vocês já devem ter lido diversos livros clássicos, seja de nossa literatura ou de outras durante o ensino médio no período de vestibular ou até mesmo por curiosidade. Então, imagine estes mesmos sendo transformados em histórias em quadrinhos? Simplesmente fantástico, certo° Pois bem, segue uma listinha marota das indicações que com toda a certeza te deixaram bem surpreendido e com vontade de conhecer mais sobre estes livros que construíram seu legado de importância para a sociedade.
DOM QUIXOTE
De tanto ler antigos livros de cavalaria, o pacato Alonso Quijano perde o juízo e resolve levar a vida de um cavaleiro andante. Depois de equipar-se com a velha armadura herdada dos bisavós e de fazer-se ordenar por um estalajadeiro, transforma-se no mui afamado Dom Quixote de La Mancha. Na companhia do cavalo Rocinante e do fiel escudeiro Sancho Pança, sai mundo afora em busca de aventuras. Pelo caminho, o engenhoso fidalgo encontra uma caravana de beneditinos, uma procissão de penitentes e os famosos moinhos de vento - porém a sede de aventuras, agravada pela sandice, leva-o a ver bruxos, fantasmas e hordas de gigantes.
A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
Odyr passou os últimos anos envolvido numa empreitada desafiadora: transformar em quadrinhos um dos maiores clássicos da literatura mundial, A revolução dos bichos. Em tinta acrílica, fazendo com que cada página se tornasse uma verdadeira obra de arte, Odyr deu forma à narrativa de George Orwell ― e a personagens antológicos como os porcos Napoleão e Bola-de-Neve. Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945, essa breve narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. Mas não só. Mais de sessenta anos depois, A revolução dos bichos se tornou uma alegoria universal sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão de grandes ideias e projetos de revolução política.
OS MISERÁVEIS
Um marco do romance francês do século XIX, Os miseráveis é um livro grandioso. Narrando fatos que se estendem da derrota francesa na Batalha de Waterloo, em 1815, aos levantes antimonarquistas de junho de 1832 em Paris, Victor Hugo transcendeu as barreiras da ficção para criar uma obra que é ao mesmo tempo um drama romântico, uma epopeia, um documento histórico, um ensaio filosófico, um tratado sobre ética e um estudo sobre literatura e linguagem. Nada disso seria possível sem o fascínio exercido pelas reviravoltas de seu enredo e pelo carisma de seus personagens. Como o criminoso Jean Valjean e sua jornada desesperada em busca de redenção. Ou a explorada e prostituída Fantine e sua filha Cosette. Ou ainda o pequeno Gavroche, filho de um lar desajustado que foge de casa para viver nas ruas. Unidos pelo idealismo e pelo gênio narrativo de Victor Hugo, esses excluídos e heróis improváveis fazem de Os miseráveis um grito de liberdade que continua a ecoar até os dias de hoje.
DOM CASMURRO
Um dos principais clássicos de nossa literatura ganha versão em quadrinhos, numa fiel adaptação produzida por dois autores de destaque das HQs brasileiras. Publicado pela primeira vez em 1900, Dom Casmurro é o romance mais famoso e polêmico de Machado de Assis. Ambientado no Rio de Janeiro do século XIX, é narrado por seu protagonista: Dom Casmurro, um velho solitário e frustrado que, em virtude de sua "simpatia", recebe esse apelido de um conhecido. O personagem busca, por meio da narrativa, rememorar e compreender fatos do seu passado, principalmente os que envolvem uma mulher: Capitu, a personagem mais intrigante e misteriosa da literatura brasileira. A polêmica toda se centraliza em uma dúvida: Capitu é ou não é culpada de adultério? Os fatos até podem indicar que sim, mas o leitor não pode deixar de atentar para um fato: Bento Santiago – o Dom Casmurro –, além de narrador, é advogado. Não teria ele todos os atributos intelectuais para envenenar a narrativa, de modo a levar o leitor a condenar Capitu?
O CORTIÇO
Escrita em 1890, a obra de Aluísio Azevedo traz a profunda análise de um cortiço carioca, que condiciona a vida de seus habitantes. Importante para compreender a representação das teorias naturalistas na literatura brasileira, esta adaptação do célebre romance para os quadrinhos preservou a acidez da crítica social, o humor e a riqueza de personagens presentes na obra original.
GUERRA E PAZ
Segundo Leon Tolstói, Guerra e paz “não é um romance, muito menos um poema, e menos ainda uma crônica histórica”, talvez justamente por ser um pouco de tudo isso. Guerra e paz é um romance monumental ao narrar a trajetória de uma ampla gama de personagens fictícios durante um período conturbado da História, um poema de caráter épico ao exaltar o espírito de luta do povo russo, e uma crônica histórica de proporções colossais ao reconstituir minuciosamente as campanhas militares napoleônicas do início do século XIX. Ora descrevendo os horrores do campo de batalha, ora relatando como a aristocracia russa era atingida pela destruição da guerra, ora mergulhando fundo na alma de seu povo para tentar descobrir o que o define, Tolstói imprimiu em Guerra e paz a marca de que só os grandes escritores são capazes: transformou seu texto em um manifesto antibélico e produziu uma das mais pujantes histórias de amor da literatura.
A CARTOMANTE
A cartomante, escrito por Machado de Assis, é um dos títulos que integram a coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos. Nesse, que é um dos mais bem construídos contos de Machado, o leitor acompanha o triângulo amoroso envolvendo Vilela, sua esposa Rita e o amigo Camilo. Trata-se de uma obra-prima com um desfecho trágico e surpreendente. A coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos traz grandes obras de autores nacionais consagrados transpostas para a linguagem ágil e versátil dos quadrinhos. Cada volume traz o texto original e sem adaptações, roteirizado e ilustrado por Francisco Vilachã, Jô Fevereiro ou Bira Dantas. Indicado para jovens a partir dos 12 anos. Vem com um suplemento de atividades.
A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS
“Aposto vinte mil libras com quem quiser que posso dar a volta ao mundo em oitenta dias.” Após ter sua aposta aceita, o inglêsPhileas Fogg, juntamente com o leal Jean Passepartout, embarcam numa das maiores aventuras da literatura, na qualcada hora é crucial para vencer os desafios que vão aparecendo. A empreitada seria inimaginável sem os progressos tecnológicos da revolução industrial. A cada página, a dupla utiliza um novo meio de transporte, seja uma travessia de barco a vapor, uma viagem de trem, um trecho de bote, outro de trenó, enquanto passam por lugares exóticos e muitas vezes inexplorados. A modernização dos transportes e das comunicações e as inovaçõescientíficas sempre fascinaram Júlio Verne, que soube como ninguém unir a efervescência das histórias de aventura a personagens cativantes e emblemáticos.
AS MIL E UMA NOITES
Tudo começou com um homem traído. Um homem poderoso. Um sultão. Para nunca mais sentir a dor da traição, ele tomou uma resolução drástica: casar-se com uma mulher diferente a cada noite e matá-la na manhã seguinte. E assim é feito. Mas eis que um dia sua noiva é Sherazade. Ela não é uma mulher qualquer. É a maior contadora de histórias de todo o reino. Para continuar a ouvir seus relatos maravilhosos, o sultão é obrigado a adiar sua execução por uma noite. E depois outra. E depois outra. As origens de As mil e uma noites remontam ao final do século IX, na cidade de Bagdá. Desde então, muitas histórias foram acrescentadas à saga narrativa de Sherazade, tornando o livro um dos mais abrangentes registros disponíveis do folclore em língua árabe. Nesta adaptação para os quadrinhos, estão presentes alguns dos mais célebres contos do grande clássico da literatura popular do Oriente Médio.
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