[FLASH RESENHA] Leah Fora de Sintonia (Creekwood #2), Becky Albertalli.

março 18, 2019


Olá queridos, tudo bem? Sempre irá existir aquele livro que deixa uma tarde preguiçosa ou uma mente bagunçada de bem com a vida. No caso, o nosso livro de hoje tem este efeito. Leah Fora de Sintonia é a voz desta personagem que se mostrou especial em Simon vs. a agenda Homo Sapiens. Então bora saber mais?

SINOPSE: Leah odeia demonstrações públicas de afeto. Odeia clichês adolescentes. Odeia quem odeia Harry Potter. Odeia o novo namorado da mãe. Odeia pessoas fofas e felizes. Ela odeia muitas coisas e não tem o menor problema em expor suas opiniões. Mas, ultimamente, ela tem se sentido estranha, como se algo em sua vida estivesse fora de sintonia. No último ano do colégio, em poucas semanas vai ter que se despedir dos amigos, da mãe, da banda em que toca bateria, de tudo que conhece. E, para completar, seus amigos não fazem ideia de que ela pode estar apaixonada por alguém que até então odiava, uma garota que não sai de sua cabeça. Nesta sequência do sucesso Com Amor, Simon, vamos mergulhar na vida e nas dúvidas da melhor amiga de Simon Spier. Em um livro só dela, mas com participações mais do que especiais dos personagens do primeiro livro, vamos acompanhar Leah em sua luta para se encontrar e saber com quem dividir suas verdades e seus sentimentos mais profundos. Em Leah fora de sintonia, Becky Albertalli mostra por que é uma das vozes mais importantes e necessárias de sua geração. Sem nunca soar didática, a escritora lança mão dos mesmos ingredientes que tornaram Com Amor, Simon um sucesso mundial: a leveza, o senso de humor, a representatividade e a certeza de que vale a pena contar histórias sobre jovens que podem até estar perdidos, mas estão determinados a encontrar seu caminho. 

Se tem algo que me deixa fascinada é a forma como os autores podem construir seus personagens a partir de um ou mais livros. A tendência (e o que todos esperam) é que exista uma pressão de seus arcos e principalmente um amadurecimento de seu caráter. Quando li o livro de Simon não havia gostado de Leah Burke e esperava que seu livro mostra-se mais de si e de seu possível potencial quanto a representatividade. Então, ao começar a leitura desta livro, senti que poderia não uma boa experiência. Em partes, estava certa. 

Leah é uma garota gorda, bissexual e que para muitos pode demonstra-se uma pessoa de opinião forte. Gostei da leitura e da mensagem que Becky quis transmitir, além dos diversos momentos em que me peguei rindo com cenas e diálogos bem consistidos. Com uma representatividade ainda crescente de protagonistas gordas e LGBTQ+, livros como este ganham notoriedade e uma certa responsabilidade pelo que diz (ou quer dizer). Em certos momentos, senti uma identificação com nossa protagonista, principalmente ao lembrar de minha adolescências e as questões que enchiam meu cérebro de minhocas, o que tornou (em partes) a leitura mais agradável, com uma imersão na confusa e um tanto antipática mente (e coração) de Leah, que ora amamos, ora desgostamos. 

Porém, ficou visível que a autora não se dispôs a abordar com maior profundidade os assuntos que se propôs a trabalhar. Inclusive é a mesma opinião que compartilho com as meninas no Blog Parênteses, que publicaram uma postagem bem bacana sobre o livro, correlacionando a discussão sobre o corpo e a sexualidade de Leah. Pareciam duas coisas distintas e sem qualquer ligação com sua vida ou o mundo ao seu redor. Além disso, senti que o romance entre Leah e seu par poderia ter sido melhor explorado, assim como o plot de alguns personagens secundários que trazem tons bacanas ao longo da narrativa. Apesar disto, é uma leitura que recomendo e acho importante de ser compartilhada com mais pessoas. Modificou a forma como penso sobre mim mesma e algumas atitudes que costumo fazer em meu cotidiano. Se o livro tem tal poder de reflexão, a sua força e poder não podem ser negados. Por isto, deem uma chance para Leah Fora de Sintonia. 

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SOBRE A AUTORA: Becky Albertalli é psicóloga, o que lhe proporcionou o privilégio de trabalhar com muitos adolescentes inteligentes, estranhos e irresistíveis, e por sete anos foi orientadora de um grupo de apoio em Washington para crianças com não conformidade de gênero. Mora em Atlanta com o marido e os dois filhos. Simon vs. a agenda Homo Sapiens é seu primeiro livro.

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