[RESENHA] QUINTO ESTÁGIO, NATALIA SAJ.
outubro 17, 2019
Uma das coisas que mais adoro no gênero new adult é a versatilidade de temas mais delicados ou até mesmo considerados tabus a serem trabalhados. A riqueza de personagens se torna mais ampla, apesar de ainda existir muitas obras que criam histórias pesadas e que romantizam situações extremas, fazendo com que romances tóxicos, por exemplo, se tornem naturais e até aceitáveis. Por isto, quando nos deparamos com Quinto Estágio, a surpresa pelo que Saj nos apresenta é um presente mais do que bem-vindo, além da sensação de esperança por mais Johannas e Sebastians.
SINOPSE: Johanna Rowden é uma bem-sucedida diretora que não consegue se envolver com nada além de sua vida atarefada e solitária. Sebastian Hahn é um egocêntrico profissional cheio de traumas e culpas. Dois seres humanos com uma enorme bagagem, até então conhecidos apenas pelas revistas de negócios que os colocavam em pedestais - e em ringues. Quando as empresas de ambos se fundem e iniciam uma concorrência para definir quem será o novo time de projetos da companhia, o mundo já quebrado deles ficará ainda mais conturbado. Agora, eles dividirão a mesma sala, o mesmo projeto e a mesma meta: ficar com o emprego. Resta à Johanna e Sebastian aprenderem que os cinco estágios do luto precisam ser usados em outras circunstâncias: na guerra dos desafios, nas relações diárias e nas mais profundas e dolorosas memórias que assombram nosso presente, passado e futuro. E provar que, às vezes, é necessário aceitar que algumas coisas simplesmente não são para ser.
Na obra temos dois personagens simbólicos: Johanna e Sebastian, dicotomias ambulantes. Como dito pela sinopse, ambos carregam uma bagagem de vida que os fazem sentir, a primeira vista, atração um pelo outro, o que acaba os aproximando. Cada um deles é responsável por seus respectivos negócios e assim facilita nossa compreensão em entendê-los, percebendo suas qualidades e defeitos na mesma proporção. A forma como desenvolvemos sentimentos contraditórios por cada um deles é interessante, apesar de ser incômodo em diversos momentos. Eles conseguem trazer o pior e melhor de cada um. E ao final, é compreensível que a caminhada que tiveram foi necessária, mesmo com a sensação de que outras escolhas poderiam ter sido feitas.
Ler Quinto Estágio me fez pensar em como sempre somos receptivos a imaginar um romance mesmo quando existem indicações que a amizade é o caminho certeiro. Estamos acostumados a esperar que um homem e uma mulher precise ter uma relação carnal e romântica. É incrível como Saj desenvolve a relação dos dois. As reviravoltas que ela nos oferece são ótimas. Vi-me feliz pelo final que, para o gênero, é quase pouco explorado. Entendi a mensagem a ser passada por meio destes dois personagens complexos, o que me acrescentou muitos pontos na leitura.
Não espere um romance abrasador, mas sim uma vitrine comportamental de duas pessoas que viram situações cruéis da vida e não desistiram de tentar buscar a felicidade, mesmo que ela tenha custado momentos difíceis. Senti-me emocionada e felizarda em poder acompanhar a jornada de cada um e espero que você, leitor, também sinta o mesmo. Por isto, deixo minha indicação e um grande agradecimento para a autora que sempre tende a nos deixar apaixonados por suas histórias de amor, superação e força.
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