Olá galera, tudo bem? Hoje vamos inaugurar a nossa coluna mensal de resenhas de comics. Eu estou bem animada porque amo estes quadrinhos e a maneira na qual eles nos mostram as suas histórias. Em nossa primeira escolha, trago o primeiro volume de uma série que com toda a certeza você já deve ter ouvido falar: Paper Girls. Por trás desta a multipremiada série campeã̃ de vendas do New York Times está Brian K. Vaughan, o escritor de SAGA e Cliff Chiang, o lendário artista da Mulher-Maravilha.

SINOPSE: Das mãos de Brian K. Vaughan, o escritor de SAGA, a multipremiada série campeã de vendas do New York Times, e Cliff Chiang, o lendário artista da Mulher-Maravilha, chega o primeiro volume de uma nova e intrigante aventura! Na madrugada depois do Dia das Bruxas de 1988, quatro entregadoras de jornal de 12 anos descobrem o que pode ser a história mais importante de todos os tempos! Drama suburbano, ficção científica, viagem no tempo e mistérios sobrenaturais colidem nessa série sobre nostalgia, primeiros empregos e os últimos dias da infância. Para os fãs das aventuras ?estilo Steven Spielberg dos anos 80? e Stranger Things, a série da Netflix.

As nossas quatro protagonistas Erin, KJ, Mac e Tiff são entregadoras de jornais. Começamos vendo Erin em sua jornada de trabalho em plena madrugada do Halloween de 1988 quando, de repente, ela é surpreendida por um bando de moleques babacas que tentam machucá-la. Felizmente, outras três meninas (KJ, Mac e Tiff) surgem e ajudam Erin a lidar com esta desagradável situação. A partir daí, a trama se desenrola nos fazendo ficar fissurado do começo ao fim.

É possível comparar Paper Girls com Stranger Things. Podemos até dizer que os irmãos Duffer poderiam ter pego inspiração nas nossas heroínas para criar Dustin, Mike, Lucas e Will. Porém, PG tem um encanto único e que conquistará espaço em seu coração. Narrado em 3° pessoa, as personagens tem características marcantes. É fácil gostar e ao mesmo tempo não gostar, as torne mais reais e palpáveis. 

Existe uma atmosfera nostálgica, desde as roupas até algumas gírias. As referências são muitas e em alguns momentos você se pegara pensando "eu conheço isso..." ou "eu assistia a isto...". Em parceria com o universo sci-fi e aquela pitada de thriller, é difícil não sentir uma boa sensação ao terminar a leitura. 

A representatividade é predominante, pois a pluralidade entre as protagonistas é visível e muito importante. Suas características físicas trazem discussão importantes. Inclusive, o preconceito e os xingamentos diretos foram um incômodo enorme durante a leitura. Acredito que a palavra que defina esta primeira graphic novel seja sororidade, já que a amizade se tornou tão forte que superou suas particularidades que são tão opostas. Em uma década onde o masculino era predominante e a luta das mulheres crescia a cada dia, Paper Girls mostra o quanto nós mulheres, devemos ser fortes e nos unirmos para garantirmos nossos direitos.

Com toda a certeza é uma série que recomendo e nesta primeira HQ a surpresa foi bem-vinda. Agora só fica a ansiedade para ler os próximos volumes, que estão para serem lançados aqui no Brasil. Mas, se você souber inglês e tiver com grana sobrando, em algumas livrarias e na Amazon já está em venda. Aproveitem esta aventura imperdível!

OUTRAS DICAS

PRINCIPAIS PRÊMIOS

Prêmio Eisner 

Melhor Nova Série e Melhor Desenho/Cores.

Prêmio Harvey

Melhor Nova Série e Melhor Escritor.

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OUTRAS INFORMAÇÕES

Título original: Paper Girls

Texto: Brian K. Vaughan

Desenhos: Cliff Chiang

Cores: Matt Wilson

Tradução: Kleber Ricardo de Sousa

Formato: 17 x 26 cm

Estrutura: 144 páginas coloridas em papel couchê

Acabamento: Brochura, papel cartão Peso: 390 g

Público: Adulto

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