[ADAPTAÇÃO LITERÁRIA] ORGULHO E PRECONCEITO (1995)

outubro 27, 2019


Olá queridos, tudo bem? Hoje lhes traga uma dica mais do que especial: a série Orgulho e Preconceito (1995) do livro de mesmo nome de Jane Austen. Para quem acompanha ou é fã dos livros da autora, sabe que existem diversos filmes e outros produtos artísticos dedicados a suas obras literárias que influenciam gerações. Nesta série, que conheço a pouco mais de dois anos, você pode perceber a quase perfeição produzida em seis capítulos. Muitos dos diálogos são do próprio livro, o que nos imerge e dá uma maior saudosidade. Mas vamos conhecer um pouco mais:

Adaptada por Andrew Davies (responsável pela minissérie House of Cards e os filmes de Bridget Jones) em 1995, os atores Jennifer Ehle e Colin Firth interpretam Elizabeth Bennet e Mr Darcy, respectivamente. A série foi uma produção da BBC em parceria com a estadunidense A&E Network. Esteve no ar de 24 de setembro a 29 de outubro de 1995. Em sua crítica, o jornal The New York Times a considerou “um misto engenhoso de histórias de amor e convivência social, inteligentemente embalado nas ambições e ilusões do povo provinciano”.

Por falar em Bridget Jones, uma curiosidade: os livros foram inspirados nas colunas chamadas Bridget Jones's Diary, que foram criada a partir da série. A autora, Helen Fielding, de tão apaixonada e encantada pela obra televisiva, criou o roteiro que foi transformado em filmes entre 2001 e 2004, com ninguém menos do que Colin Firth no papel de Mark Darcy. 

Deu tudo certo

A série só foi possível de ser concretiza pela vontade da produtora Sue Birtwistle em ver um de seus livros favoritos na TV. Ela conheceu a história aos 15 anos. "Estávamos [ela e Andrew Davies] assistindo uma versão do Northanger Abbey, e depois que os créditos tinha rolado e as luzes se acenderam, eu disse a Andrew: simplesmente temos que fazer Orgulho e Preconceito", diz em entrevista ao site A&E. Mesmo com a troca de emissoras e os diversos roteiros rejeitados, a ideia vingou em 1994, com o início das gravações.


Sobre a série

Ambientada na Inglaterra no início do século XIX, a obra conta a história das cinco filhas solteiras de Mr. e Mrs. Bennet (Benjamin Whitrow e Alison Steadman), interpretadas por Susannah Harker, Jennifer Ehle, Lucy Briers, Polly Maberly, Julia Sawalha, após o rico Mr. Bingley (Crispin Bonham-Carter) e seu amigo Mr. Darcy (Colin Firth), terem se instalado nas vizinhanças da sua propriedade. Enquanto Bingley se interessa imediatamente pela mais velha das irmãs Bennet, Jane, Darcy tem dificuldades em se adaptar à sociedade local, e entra em discórdia com a segunda das irmãs, Elizabeth.

As locações

Um dos problemas que houveram durante as gravações foram as trocas de locações por contratempos e até mesmo acidentes. A maior dificuldade eram com os locais que lembrassem a época em que o livro foi escrito. Por isso, o trabalho de pesquisa que se deu antes da produção começar foi imprescindível. Deste modo, o vilarejo em Laycott, no sul da Inglaterra, foi escolhido para ser a cidade ficcional de Meryton. Um dos exemplos de percalços nos bastidores contado por Colin Firth em entrevistas é da emblemática cena do lago. Segundo ele, quem deu o mergulho foi um dublê, pois a equipe estava preocupada que a água pudesse estar contaminada e a cláusula do seguro de Firth não permitia que ele corresse o risco de ficar doente por alguma infecção.

Em 2013, em homenagem a famosa cena citada acima e ao personagem, foi construída e colocada no lago Serpentine de Hyde Park, em Londres, uma estátua de 3,5 metros. A escultura foi feita de fibra de vidro e na época era uma forma de divulgação do canal UKTV, uma das maiores companhias televisivas da Inglaterra. Para saber mais (com spoilers) assista a cena. E neste video, segue mais informações a respeito da estátua.


O sucesso de Mr. Darcy 

Graças a este personagem, Colin Firth alcançou o carinho e sucesso com o público, o que alavancou sua carreira. O ator (que é ótimo) conseguiu dar forma e autenticidade a um personagem literário icônico, que se tornou conhecido mundialmente. Como dito no livro "Making Of Pride And Prejudice", mesmo com o incentivo por parte de seus parentes e amigos em não aceitar o papel, após receber uma longa carta de Sue pedindo para ele aceitar o projeto, parecia errado não ir de encontro ao que estava no script. "Era incrível. Eu não consegui largar nem para sair de casa. Eu não acho que nenhum roteiro me deixou tão animado assim, apenas no termo de romance da história."

A vivaz Elizabeth 

Já a nossa querida Lizzie Bennet recebeu diversas audições, mas foi Jennifer Ehle quem conquistou o coração dos produtores, como diz o diretor da série, Simon Langton, em entrevista ao Daily Mail. "Elizabeth Bennet deveria ter um apelo mais sensual porque a estaríamos vendo por mais de seis horas. Isso não significava que ela deveria parecer como uma deusa, o contrário, mas eu sabia que Jennifer tinha isso. Mas eu tive que convencer os produtores, o diretor de casting e o editor do roteiro, que eram todas mulheres. Ela era tão composta. Ela acertava em cheio toda vez. Ela era formada. Eu fiquei espantado com ela, todo mundo estava."

Realmente é uma série que vale a pena conhecer. Ela conseguiu proporcionar uma maior relação com a obra de Jane, além de ser uma belíssima homenagem ao trabalho e livro da autora, que encanta e emociona seus leitores de idades diversas. Dê uma chance e aposto que você não se arrependerá! ;)

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FONTES E ANOTAÇÕES: 
Wikipedia e Caixa dos Sucessos (muitas das fontes de entrevistas e curiosidades vieram do CDS, um site incrível que sempre traz um conteúdo impecável). 

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